MJ..UMA LENDA VIVA
Para retomar a divulgação do álbum Dangerous nos
Estados Unidos, interrompida desde que saiu em turnê, Michael programou dois
grandes eventos televisivos em 1993. No dia 31 de janeiro, ele se apresentou no
intervalo do Super Bowl XXVII, a famosa final do campeonato de futebol
americano organizado pela NFL e exibido, nesse ano, pela rede de televisão
norte-americana NBC diante de uma audiência de 133,4 milhões de pessoas, se
tornando o evento de maior audiência na história da América. Ao contrário de
anos anteriores, ele foi a única atração do tradicional "show do
intervalo". Devido ao status de superstar de Michael, a rede de televisão
norte-americana FOX (concorrente da NBC) deixou de exibir, pela primeira vez,
um compacto com os melhores momentos do Super Bowl disputado no ano anterior (Super
Bowl XXVI); esse compacto era tradicionalmente exibido quando a emissora não
detinha os direitos de transmissão da partida.
A performance de Michael foi impressionante.
Houve uma explosão e o "Rei da música Popular" saiu pulando do chão
acompanhado de fogos. Ele pousou e ficou imóvel em sua famosa postura de
estátua por vários minutos (metade do tempo do show), enquanto a multidão ia ao
delírio. Uma chuva de fogos caia sobre o astro, que estava com seu tradicional
óculos de sol, bracelete, roupa de militar com detalhes em ouro. Ele virou o
rosto e lentamente começou a tirar os óculos, jogou-os e começou a cantar e
dançar. Michael cantou 3 músicas: “Jam”, “Billie Jean” e
“Black or White”. O Gran Finale aconteceu após a exibição de uma
video-montagem de Michael participando de várias campanhas humanitárias por
todo o mundo e, em seguida, 3.500 crianças da região de Los Angeles se juntam a
Michael para cantar “Heal the World”. Foi o primeiro Super Bowl em que o número
do público aumentou durante meia hora de show. Dangerous subiu 90 posições
depois da apresentação. Dez dias depois, concedeu uma entrevista à
apresentadora Oprah Winfrey que foi assistida por 100 milhões de
telespectadores. Foi a primeira vez em dez anos que Jackson aceitou falar com a
imprensa. A entrevista também se tornou um dos eventos mais assistidos de todos
os tempos. E o álbum Dangerous voltou ao top 10 após um ano de seu lançamento
original.
Depois da morte Ryan White, vítima de HIV, Michael lançou o single Gone Too
Soon, e chamou atenção do mundo para pesquisas sobre a cura da AIDS, que na
época havia um grande preconceito por parte das pessoas.
Durante a era Dangerous, Jackson visitou vários lugares do mundo, incluindo
Iraque e Egito. Na África quando desembarcou em Gabão, foi recebido por mais de
100 mil pessoas, com um enorme cartaz dizendo “Bem-vindo a casa Michael!”. Em
sua viagem á Costa do Marfim, Jackson foi coroado "Rei Sani" pelo
chefe da tribo.
Em 1993 recebeu o “Grammy Legend Award”, por ser uma lenda viva e por sua
contribuição ao mundo da música.
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Era "HIStory"
Em junho de 1995 chegou às lojas o álbum duplo HIStory: Past, Present
and Future – Book I. No primeiro disco, uma seleção de quinze sucessos
remasterizados. No segundo, a primeira coleção de canções inéditas lançada pelo
cantor desde que acusado de abuso sexual. Foram gastos 30 milhões de dólares em
publicidade e propaganda para o lançamento do álbum e divulgação de cinco
compactos. Foi a maior campanha de marketing já montada para promover um disco.
HIStory vendeu quase 30 milhões de cópias.
O videoclipe do primeiro compacto do álbum, Scream, um duelo musical com
a irmã Janet, estreou durante uma entrevista concedida por Michael e Lisa Marie
à apresentadora Diane Sawyer no programa Primetime, da ABC, um dia antes do
lançamento de HIStory. O videoclipe de Scream é o segundo vídeo musical mais
caro da história: custou cerca de sete milhões de dólares, perdendo o primeiro
lugar apenas para o videoclipe From Yesterday, do grupo 30 Seconds To Mars .
Também durante a divulgação do álbum, Jackson esteve no Brasil para gravar
cenas do videoclipe da canção "They Don't Care About Us" na favela
Santa Marta no Rio de Janeiro e também na Bahia, com o grupo de percussão
Olodum.
HIStory World Tour
Em setembro de 1996, Michael Jackson deu início à HIStory World Tour com um
show de lotação esgotada na cidade de Praga, na República Checa. Ao término dos
concertos, mais de um ano depois, Jackson tinha levado 4.5 milhões de pessoas
aos estádios de 56 cidades, em 35 países diferentes. Com isso, a turnê
estabelecia um novo recorde mundial de público.
Em novembro de 1996, o astro se casou com a enfermeira dermatologista Deborah
Rowe, com quem teve dois filhos. O primeiro, Michael Joseph Jackson Jr., nasceu
naquele ano. No ano seguinte, Rowe deu à luz a Paris Katherine Jackson. A
enfermeira abriu a mão de todos os direitos maternos e entregou a guarda das
crianças a Jackson, gerando grande polêmica. Em 2002, Rowe afirmou, em
entrevista à rede americana de televisão FOX, que os filhos foram
"presentes" dados por ela ao astro.
Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix
Em 1997, oito canções inéditas de HIStory foram remixadas e lançadas na
semi-coletânea Blood on the Dance Floor que vendeu 10 milhões de cópias, se
tornando o álbum remix mais vendido da história. Entre os produtores
responsáveis pelas versões estão Wyclef Jean ("2 Bad"), David Morales
("This Time Around") e Tony Moran ("HIStory"). Um
curta-metragem de 35 minutos intitulado Ghosts e estrelado por Jackson estreou
nos cinemas europeus na mesma época. O filme, escrito por Stephen King
("Carrie, A Estranha") e dirigido por Stan Winston ("O Predador"),
foi concebido como uma releitura do clássico videoclipe produzido para a canção
"Thiller" em 1984.
Em maio de 1997, o grupo Jackson 5 foi incluído ao Hall da Fama do Rock and
Roll. Quatro anos mais tarde, em 2001, Jackson receberia a condecoração como
artista solo.
Em 1999, Jackson realizou vários concertos beneficentes chamado, “Michael
Jackson & Friends”, que contava com participação de Slash, The Scorpions,
Boyz II Men, Mariah Carey, Pavarotti e outros.
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